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Bíblia em perspectiva
(na formação e na leitura):
• Humana: histórica, subjetiva e coletiva
• Divina: (inspiração, revelação e ação)

1. Revelação: natural, profética, textual, CRISTO. (A tradição, a razão e a Escritura)
2. Inspiração: Deus está no autor, nos acontecimentos, no processo de formação das tradições orais, dos textos escritos; na comunidade de fé local; e no fiel que busca Deus.
3. Formação do A.T. e N.T.: um processo histórico e espiritual - canonização.
4. Autoria: legitimidade e autoridade para o texto (kerigma - tradição - apostólica - canonização)

É possível enxergar esses 4 pontos no texto se Hebreus 1. Tente fazer este exercício de leitura. Perceba e destaque como o autor de Hebreus apresenta na sua argumentação os conceitos de Revelação, Inspiração, Formação e Autoria.

Resumão (tipologia dos textos Bíblicos)

Principais estilos de Textos Bíblicos,; seus objetivos principais e exemplos na Bíblia.

1. Códigos Legais: organiza e orienta a convivência coletiva e litúrgica (Pentateuco);
2. Sagas: explica as origens do povo (de Abraão a José, Gn.12:50; Josué, Juízes);
3. Anais dos Reis: explica como foi a formação das dinastias dos Reinos do Sul e do Norte (I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas);
4. Literatura sapiencial: relaciona a sabedoria com a realidade de Deus, mostra que a reflexão sobre a vida pode levar a uma percepção profunda de Deus (Alguns Salmos, Provérbios, Eclesiastes);
5. Cânticos: expressa o louvor, a gratidão, a lamentação, nossas sensações a Deus diante do viver neste mundo; também serve para organizar a liturgia e os rituais para que pudessem ser ações coletivas e pedagógicas (Os Salmos, Lamentações de Jeremias, Cânticos de Salomão)
6. Profecias, podemos dividir em 3 tipos: as "profecias de adivinhação" (direcionamento específico para uma situação específica, como Elias e Eliseu); "profecias de crítica" religiosa e social (a partir de uma análise da situação do povo aponta para um juízo de Deus, como em Isaías, Jeremias, Oséias, etc.); "profecias escatológicas" (apontam para uma restauração do plano de Deus, num primeiro momento para o povo e depois essa interpretação se amplia para toda Terra e o Universo criado, como vemos em parte de Isaías, Daniel, e Apocalipse no N.T.)
7. Evangelhos: apresenta as Boas Novas; registra os kerigmas de Jesus.
8. Atos: complementa Lucas demonstrando uma linha de sucessão entre Jesus e os Apóstolos (sua Igreja).
9. Cartas: sistematiza teologicamente a fé e orienta as primeiras comunidades cristãs a um viver que seja a manifestação de Cristo neste mundo.
10. Hebreus: uma tese que defende a ideia do Cristo como sumo sacerdote e a Revelação de Deus a nós.

Essa classificação (tipologia dos textos  Bíblicos)é apenas um esforço para tentar identificar as diferenças na formação do Texto Sagrado. Por isso, não podemos esquecer que cada perícope Bíblica tem sua própria história e crítica literária. Trata-se, portanto, apenas de uma generalização para ajudar na leitura e interpretação dos textos. Para resumir poderíamos dizer que a Lei revela a forma e o padrão; os profetas chamam ao arrependimento e conserto e Paulo organizar como em Cristo temos a reconciliação com Deus, o próximo e a natureza.