EBD.PLUS.T9.Ep.7. PODER EM MEIO À PROVAÇÃO
A questão não é apenas: porque sofremos?; Porque sofremos praticando o bem e a justiça?
Porque a justiça e o bem não leva ao fim da dor, mas ao cumprimento do propósito
• O SOFRIMENTO E SUA RELAÇÃO COM A JUSTIÇA E A FELICIDADE
¹⁴ Todavia, mesmo que venham a sofrer (pascho: ser mal tratado) porque praticam a justiça, vocês serão felizes (makárioi)....
A pratica da justiça não pode estar condicionada à possibilidade do sofrimento;
A felicidade (makários) não está condicionada ao sofrimento
• O SOFRIMENTO COMO POSSIBILIDADE POR PRATICAR O BEM E NÃO O MAL:
¹⁷ É melhor sofrer por fazer o bem, se for da vontade de Deus, do que por fazer o mal.
A vontade de Deus é boa, perfeita e agradável, não porque nos anestesia diante das dores, mas porque transcende esta vida.
• A REAÇÃO AO SOFRIMENTO:
...Não temam aquilo que eles temem, não fiquem amedrontados.¹⁵ Antes, santifiquem Cristo como Senhor no coração. Estejam sempre preparados para responder a qualquer que lhes pedir a razão da esperança que há em vocês. ¹⁶ Contudo, façam isso com mansidão e respeito, conservando boa consciência, de forma que os que falam maldosamente contra o bom procedimento de vocês, porque estão em Cristo, fiquem envergonhados de suas calúnias.
Não temer: porque estamos debaixo da potente mão de Deus – do seu propósito
Preparado a responder – aqui não é necessariamente sobre defender a fé, mas sobre saber expor a lógica que fundamenta nosso posicionamento diante do mundo (prazeres, dores, esperança);
Com mansidão – porque não se trata de uma disputa retórica argumentativa, mas uma demonstração a partir do testemunho que aponte para a Cruz, a Ressurreição: o Cristo.
Conservando a boa consciência – sem apelar para o terror, o castigo vindouro ou argumentação enganosa.
• CRISTO E O SOFRIMENTO – O FUNDAMENTO PARA LIDAR COM O SOFRIMENTO
¹⁸ Pois também Cristo sofreu pelos pecados uma vez por todas, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus
O justo pelos injustos – a reconciliação não parte do castigo e punição, mas da graça e do perdão, não é o injusto que consegue não errar, mas o justo que demostra a possibilidade de estar em paz.
Para conduzir a Deus – é a justiça da misericórdia (perdão e graça) que conduz a Deus (santidade)
¹ Portanto, uma vez que Cristo sofreu corporalmente, armem-se também do mesmo pensamento, pois aquele que sofreu em seu corpo rompeu com o pecado,² para que, no tempo que lhe resta, não viva mais para satisfazer os maus desejos humanos, mas sim para fazer a vontade de Deus.
Ter o exemplo de Cristo: armando-se do mesmo pensamento:
o sofrimento no corpo rompe com o pecado
não viver para satisfazer os maus desejos humanos
viver para fazer a vontade de Deus