390 quilos de carne de cavalos foram apreendidas, no Norte do Estado, durante uma operação da polícia em outubro deste ano. Uma área era utilizada para o abate clandestino de animais e cemitério de ossos, na zona rural de Aracruz. Diante de casos como esse, a Polícia Científica do Espírito Santo tem orientado sobre os riscos do consumo de carne clandestina e da cadeia envolvida nesse processo. Segundo a Polícia, sem inspeção, por exemplo, a carne clandestina pode estar contaminada por micro-organismos patogênicos e parasitas.
Um dos problemas mais comuns é a toxinfecção alimentar – infecção causada pelo consumo de alimentos contaminados por bactérias ou toxinas – que pode evoluir para quadros graves, inclusive fatais. A manipulação e o abate em condições precárias favorecem a proliferação de bactérias como Salmonella e coliformes fecais, entre outras, aumentando o risco de surtos de diarreia, vômitos e infecções intestinais graves. Nesta edição do "Segurança em Foco", o chefe do Departamento de Medicina Veterinária Forense (DEMV) do Instituto de Criminalística da Polícia Científica do Estado do Espírito Santo (PCIES), Marconni Victor da Costa Lana, fala sobre o assunto.