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Carolina inicia a entrevista falando sobre como as questões sociais atravessam sua trajetória e são determinantes na escolha pela psicanálise. Ela conta sobre os princípios da sua atuação e o trabalho com adolescentes em privação de liberdade. Discute, também, as interfaces das leis brasileiras com o social, o trabalho de escuta na instituição e a psicanálise, abordando os conceitos do psicanalista Hélio Pellegrino, que embasaram sua dissertação de mestrado.

No segundo bloco Carolina cita os autores explorados na sua tese de doutorado, em que aborda o laço social e as noções de trocas culturais; discute a questão da responsabilização e o lugar do adolescente no social, levantando os efeitos que as diferenças socioeconômicas produzem nos sujeitos. Carolina também explica o funcionamento do sistema judiciário e os entraves que encontra na condução técnica dos casos dos adolescentes.

No terceiro e último bloco, a pesquisadora ainda discorre sobre o processo de construção da sua tese de doutorado e dos autores que estudou, trazendo conceitos da filósofa Judith Butler, a noção de sujeito, e o debate sobre a confluência entre psicanálise e política. Ela também fala da prática e do diálogo com outras áreas do conhecimento, como o Serviço Social e a História, mostrando que a responsabilização é algo que se dá no coletivo.

* Carolina Esmanhoto Bertol é psicanalista, Doutora em Psicologia Social pela PUC-SP,integrante do Laboratório Psicanálise, Sociedade e Política do Programa de Psicologia Clínica do IP-USP e do Núcleo de Lógicas Institucionais e Coletivas da PUC-SP.