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Esta entrevista inicia-se com uma consideração sobre o tempo de exercício da clínica e a sua percepção. Eduardo conta como se deu seu encontro com a psicanálise, no início da graduação em Psicologia, e o papel dos mestres nessa trajetória. Filho de professores, faz uma reflexão sobre como a relação com a Educação sempre esteve presente na sua vida. Fala, também, sobre suas primeiras experiências clínicas, atravessadas pela psicanálise, numa instituição de Educação Especial, bem como o espaço que encontrou para exercer um trabalho de escuta.

No segundo bloco, Eduardo ressalta o papel da clínica como um motor para o estudo e a criação no seu percurso. Ele lembra o peso que a transmissão oral tem para a psicanálise e como se dá seu encontro com a Linguística, na busca da articulação entre teoria e prática. A partir daí, o campo teórico se amplia e novos autores passam a fazer parte do seu repertório. A Pragmática e uso da linguagem na clínica psicanalítica passam a ser objetos de estudo, contribuindo para uma apropriação singular da psicanálise como práxis.

No terceiro e último bloco, Eduardo conta sobre sua experiência com a pesquisa de doutorado e a questão que movimentou seu trabalho: “Como o psicanalista intervém na sua prática?”. Para respondê-la, entrevistou psicanalistas e se deparou com uma diversidade de escutas e interpretações, mas, ainda assim, pode observar alguns pilares que sustentam um “Savoir Faire” da prática da escuta analítica. E, para finalizar, Eduardo aborda o que move seu desejo pela psicanálise: uma maior compreensão dos fenômenos psíquicos e a efetividade de uma análise no cotidiano das pessoas.

*Eduardo Vicenzi é psicólogo, psicanalista, Mestre e Doutor em Letras pela UFPR.