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No primeiro momento desta entrevista, Luanza fala da sua dissertação e de como elaborou um projeto de mestrado, a partir de uma longa trajetória de estudos sobre as psicoses na graduação. Esse projeto, por sua vez, sofreu mudanças na sua ideia inicial e proporcionou um encontro teórico fértil com o autor e psicanalista Andre Green. Apesar das alterações no tema da pesquisa, o interesse sobre a tônica dos assassinatos cruéis permanece, agora do ponto de vista dos supostos leitores dos livros de histórias de assassinatos verídicos: “o que desperta um fascínio tão popular?”. Partindo desta questão, Luanza busca um núcleo comum entre as diversas narrativas e encontra a reatualização de fantasias infantis inconscientes.

No segundo bloco, Luanza explora os conceitos psicanalíticos que nortearam sua pesquisa no âmbito das fantasias infantis inconscientes, e a relação dessas fantasias com o interesse pelas narrativas de crimes, no sentido de uma elaboração particular para os sujeitos em questão. A professora também conta sobre as implicações da produção da dissertação de mestrado no seu trabalho com a clínica psicanalítica.

No terceiro e último bloco, Luanza estende o tema da pesquisa até o debate acerca da finitude da vida. Além disso, fala dos recursos pessoais que utiliza para lidar com o cansaço imposto pelo trabalho clínico. Ela conta, também, sobre seus hábitos de estudo, relação com a teoria lacaniana e seu percurso singular como psicanalista. E, para finalizar, responde a uma pergunta sobre os desafios da prática docente e psicanalítica na contemporaneidade.

*Luanza Pavesi é psicanalista, mestre em Psicologia pela UEM e professora do curso de Psicologia da Universidade Dom Bosco.