Lucas inicia a entrevista contando em que contexto se constituiu a questão que resultou no seu livro ”História de uma regra não escrita: a proscrição da homossexualidade masculina no movimento psicanalítico”. Ele discute os referenciais que embasam a formação do psicanalista e o que torna alguém psicanalista de fato, para além dos ideais. Questões sobre o tempo e a importância da narrativa na análise também são abordadas nesse bloco.
No segundo bloco, Lucas fala sobre sua tese de doutorado, em que trabalha a temática do “self anônimo”, suas articulações políticas e como os conceitos do psicanalista Donald Winnicott fundamentaram seu trabalho. O psicanalista também conta sobre outros autores que fomentaram a discussão das conexões entre psicanálise e política.
A pandemia, e suas implicações no trabalho clínico, é o tema deste terceiro e último bloco, em que Lucas aborda a ética da psicanálise, o cenário político atual, o laço social, a subjetividade e a neutralidade do analista. Lucas também divide com os ouvintes as referências literárias e artísticas que fazem parte da sua formação pessoal e como psicanalista. Para finalizar, ele recomenda Youtubers que contribuem para as discussões políticas contemporâneas.
*Lucas Bulamah é psicanalista, graduado em Psicologia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto – USP. Mestre e Doutor em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, é membro do psiA (Laboratório de Pesquisas e Intervenções em Psicanálise) e do GBPSF (Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi).