A partir de um interesse no conceito de angústia para a psicanálise, Marcos desenha uma trajetória de trabalho clínico institucional e de pesquisa teórica que traz como desfecho a publicação de seu livro. É sobre isso que ele discorre nesse primeiro bloco da entrevista. O psicanalista também fala sobre a estrutura do livro e como abordou as teorias Freudiana e Lacaniana acerca do suicídio, o estatuto da melancolia para a psicanálise e suas relações com a pulsão de morte e o suicídio, bem como a articulação do tema com a linguagem e a repetição na escuta clínica.
A elaboração da tese de doutorado e, a partir dela, a produção do livro, são os assuntos deste segundo bloco da entrevista. Marcos fala sobre as questões clínicas que permearam sua pesquisa e a relação de qualquer ato com a angústia. Também conta sobre a expansão do assunto no livro, em que explora melhor os horizontes que se apresentam ao sujeito após o ato de tentativa de suicídio. Os efeitos da publicação do livro, o interesse do público e as indicações aparecem nesse bloco, em que Marcos também discute o lugar que o tema do suicídio ocupa na atualidade e a incidência de tentativas em grupos marginalizados na sociedade.
Neste terceiro bloco, o psicanalista fala da retomada de assuntos, que estavam em suspenso, no desenvolvimento de novos trabalhos, como a noção de segregação em Lacan e sua articulação com as discussões sociais e políticas. Ele comenta sobre a importância da teoria dos discursos de Lacan como base para suas pesquisas atuais, principalmente o discurso do Capitalista e o contexto histórico em que é formulado. E, para finalizar, explica um pouco sobre sua formulação teórica da incidência do discurso capitalista na subjetividade e na clínica.
*Marcos Vinícius Brunhari é psicanalista, Doutor em Psicologia Clínica pela USP, Editor chefe da revista da SBPH e autor de ‘Suicídio: um enigma para a psicanálise’.