Assim que chegamos a Santana da Ponte Pensa, ficamos impressionados com as paisagens deslumbrantes e a atmosfera amigável e convidativa. Rapidamente, nos sentimos em casa, como se sempre tivéssemos pertencido àquela comunidade.
Os moradores são conhecidos por serem trabalhadores e empreendedores, aproveitando os recursos naturais e a fertilidade das terras com cuidados ambientais modernos. Ao observarmos isso passamos nossos dias a fazer uma horta doméstica e visitando as pequenas propriedades que compunham a paisagem. E aí, embalados pelo local decidimos criar uma horta. E criamos na casa 561. Aliás, fizemos uma afirmativa: colher tomates gigantes de 1 quilo - que nunca se concretizou e se tornou motivo de chacota o fato. Entretanto, nada nos abateu: continuamos a desenhar o mapa da horta e mover terras e florestas de bambus, duramente extraídos da propriedade do “seu Chico”.
Além disso, a diversidade de plantas planejadas para a horta é impressionante, incluindo uma grande variedade de hortaliças, plantas medicinais e frutas. A diversidade dos plantios se encaixa perfeitamente no conceito de agroecologia, valorizando a diversidade de espécies e a produção orgânica.
O projeto também incluiu a incorporação de tecnologias para garantir o equilíbrio nutricional do solo. Isto envolve a análise do solo para identificar as necessidades nutricionais das plantas e garantir uma produção saudável e sustentável. Aqui, juntamente com as pessoas mais importantes da minha vida - Miriam Gonçalves, minha amada; Seu Chico, meu sogro; e Dorival, o marido da Rosicléia - nós cultivamos algo mais do que apenas frutas e vegetais. Cultivamos esperança, nutrimos amor, e semeamos alegria.
Sim, outras casas possuem hortas, outras casas têm pássaros que visitam seus jardins, mas a horta da Casa 561 é diferente.
Diferente porque foi esculpida do chão duro de terra vermelha, um chão que nos desafiava com a sua infertilidade.
Diferente porque foi através de muitas camadas de adubo orgânico e cobertura de folhas mortas, todas generosamente doadas, que transformamos essa terra inóspita em um solo fértil.
Na nossa horta, cultivamos uma variedade de alimentos, desde mamões e pimentas a diversas hortaliças, notadamente alface, quiabo, repolho, couve, cebolinha verde, salsa, coentro, almeirão, rúcula, tomate cereja, pimenta verde, pimenta, tomate Carmem, milho-verde, abóbora grande e mandioca.
As plantas medicinais são: sálvia, hortelã, arruda, alfavaca, cavalinha-do-campo, losna, camomila, capim-limão, guaco, alecrim, manjericão, poejo e funcho
Mas cultivamos algo mais do que apenas isso. Aqui, entre as folhas de alface e os pés de tomate, nós cultivamos a vida. Cada semente que plantamos, cada muda que regamos, cada fruta ou hortaliça que colhemos, é um testemunho do nosso amor pela natureza e do nosso respeito pela vida.
Nossa horta se tornou um santuário para aves. As pombas, bem-te-vis, VIM, VINS, sanhaços e beija-flores vêm visitar-nos regularmente. Eles voam de galho em galho, esvoaçam entre as folhas, se deliciam com os frutos da nossa horta.
Sim, a horta da Casa 561 é especial. Não é apenas um pedaço de terra onde cultivamos alimentos. É um pedaço do nosso coração, um lugar onde aprendemos a valorizar a vida e a respeitar a natureza. É um lugar onde aprendemos a amar e a ser amados.
A horta da Casa 561 é uma homenagem à vida. Cada planta que cresce cada fruta que colhemos, cada ave que visita nossa horta, é uma celebração da vida e da natureza. E isso, queridos ouvintes, é o que faz da horta da Casa 561 um lugar tão especial.
Espero você para a próxima historia de Crônicas Santanenses!
Fique com a Paz e o Bem.