Jesus estava reunido com os seus discípulos no momento da ceia, quando revelou que no meio deles estava alguém que haveria de traí-lo (Lc 22:19-23).
Para os judeus, estar à mesa simboliza o estabelecimento de uma aliança. Quando o Senhor disse que com eles estava aquele que o trairia, ele confirmou que a traição viria de alguém que era íntimo.
Ao observarmos isso, podemos entender que ter intimidade com Deus não nos blinda contra o pecado e, ainda que consigamos ouvir nitidamente a sua voz, precisamos tomar a decisão de obedecê-lo.
Em muitas situações, ficamos com o nosso coração tão obstinado em nossas próprias escolhas, que optamos em tomar decisões importantes baseadas nas nossas vontades e esquecemos de dar ouvidos à vontade de Deus.
Somos tendenciosos a buscar em nossas orações os estabelecimentos dos nossos desejos e não os de Deus. Por esse motivo, acabamos tropeçando nos enganos da nossa alma adoecida. (Pv 4:23)
Mas por que devemos buscar entender a vontade de Deus antes de tomarmos decisões?
Porque quando nos precipitamos em nossas decisões sem antes consultar a Deus, corremos o risco de definharmos espiritualmente, emocionalmente e fisicamente tal como aconteceu com o povo de Israel na travessia do deserto, o qual viveu insatisfeito e voltado para os seus próprios interesses (Sl 106:12-15).
Ceder aos argumentos da nossa alma é deixar o temor ao Senhor ir embora e, quando isso acontece, ficamos suscetíveis a nos perdermos nas consequências das nossas próprias vontades e decisões. Por isso, Jesus nos convida a aceitarmos o seu plano, pois os seus pensamentos sobre nós são de paz e não de nos causar danos, assim somos atraídos pela Sua benevolência (Jr 29:11).
Se quisermos conhecer a plenitude do plano original de Deus para nós, precisamos viver uma vida de arrependimento, pois isso verdadeiramente nos ajudará a vencer a tentação de seguir as vontades dos nossos corações. O nosso destino é definido pelas escolhas que fazemos hoje!