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Investir em educação diminui impacto da pandemia no IDH dos países, aponta Pnud.

Em meio à pandemia do novo coronavírus (covid-19), uma significativa parcela de crianças e adolescentes no Brasil e no mundo não consegue acompanhar as aulas remotas. Um dos motivos é a falta de conectividade com a internet.

“Essas questões que envolvem a alfabetização digital e tecnológica vão ser determinantes na educação. Inclusive no futuro, permitindo que essas crianças se posicionem melhor no mercado de trabalho”, afirma a coordenadora da área de desenvolvimento humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no país, Betina Ferraz Barbosa, ouvida neste podcast.

O Pnud divulgou em maio deste ano um relatório em que traz um alerta: em 2020, o desenvolvimento humano global tende a retroceder pela primeira vez, desde que o conceito foi criado, em 1990. O aviso leva em conta o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), formado pela composição entre saúde, renda e educação.

“No século 21 a educação passa a ser uma das dimensões, no caso do cálculo do IDH, com maior importância. Vai ser exatamente esse índice que vai colocar a população de um país, de um estado ou de um município com seu potencial e seus ativos voltados para uma agenda de desenvolvimento”, afirma Barbosa.

Segundo o relatório, cerca de 60% das crianças em todo o mundo não estão conseguindo estudar neste momento. Além disso, os países de altos índices têm 20% das suas crianças na faixa do ensino fundamental fora da escola, enquanto nos de baixo ou médio desenvolvimento humano, as taxas sobem significativamente, chegando a 86%.