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No último capítulo do Livro VIII das "Meditações" de Marco Aurélio, somos lembrados da importância de sintonizar nossa mente com a inteligência que permeia o universo, assim como respiramos o ar ao nosso redor. O estoicismo nos ensina que o vício prejudica apenas aquele que o abriga e que somos senhores de nossas almas, com livre arbítrio, independente do dos outros. A analogia da luz do sol nos lembra que a inteligência deve se espalhar de maneira serena e contínua, nunca se esgotando, mas iluminando aqueles que estão dispostos a recebê-la. A morte é apresentada como algo a ser compreendido e não temido, pois, de qualquer forma, não há sofrimento após a vida.

Leia esse trecho:
54. Não se limite a respirar com os outros o ar circundante, mas busca desde já colocar a sua mente em comunhão com a inteligência que a tudo preenche: a sua substância está derramada em toda parte, tão disponível a quem é capaz de sorvê-la quanto o ar se encontra à disposição de quem o aspira.

55. O vício não causa nenhum dano ao mundo em geral; em particular, não causa nenhum dano aos outros, mas só é prejudicial àquele a quem é possível livrar-se dele tão logo o deseje.

56. O livre arbítrio do meu vizinho é tão indiferente ao meu livre arbítrio quanto o seu espírito e o seu corpo. Com efeito, embora tenhamos sido criados tanto quanto possível uns para os outros, cada uma de nossas almas é senhora de si.
Não fosse assim, o vício do próximo haveria de ser o meu mal; o que foi negado por Zeus, de modo que a minha felicidade ou infelicidade não pudessem depender dos outros.

57. A luz do sol parece estar despejada em tudo e, de fato, está difundida por todo o mundo. Sem, no entanto, esgotar-se, pois que a sua difusão é infinita.
Sua luminosidade chama-se aktines (irradiação) pelo fato de se estender e alongar. Podemos verificar o que vem a ser um raio de luz, quando observamos a luz do sol penetrar numa sala escura por uma abertura estreita: ela se alonga em linha reta e como que se apoia no primeiro objeto sólido que lhe aparece barrando a passagem para o ar além; ali ela para, sem escorregar nem cair.
Da mesma forma deve a inteligência se derramar e difundir pelo mundo, nunca se exaurindo, mas alongando-se, sem bater com violência nos obstáculos apresentados, nem tampouco cair, mas parando e iluminando aquilo que recebe a sua irradiação. Assim sendo, aquele que é incapaz de refletir a sua luz se priva, por si mesmo, da sua iluminação.

58. Quem teme a morte teme ou a ausência dos sentidos, ou passar a sentir de alguma outra maneira. Ora, [na morte] ou não haverá mais sensação e você tampouco sentirá algum mal, ou você vai adquirir outra natureza de sensibilidade, tornando-se um ser de outra espécie – sem, no entanto, ter cessado de viver.

59. Os homens foram feitos uns para os outros; instrua-os, pois, ou suporta- os.

60. A flecha voa de um modo, e de outro modo se move a mente. No entanto, quando todas as precauções são tomadas, ao partir de encontro ao exame das coisas o percurso da mente não é menos reto do que o da flecha rumo ao alvo.

61. Penetra a alma de cada um, e permita que eles também penetrem a sua.

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