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Como evitar o poder destrutivo da ira
Você já reparou como a ira te tira completamente a sua razão? Você já se olhou no espelho alguma vez e percebeu em que estado de ira seu rosto fica completamente modificado? A gente vira animal, a gente sai da nossa razão humana. E para ilustrar bem isso, agora eu vou contar para vocês a fábula dos dois lobos que tem no meu livro "365 dias com a calma da mente".
A fábula diz o seguinte: Certo dia, um índio cherokee chegou perto do seu avô para pedir um conselho. Momentos antes, o jovem havia perdido a cabeça e brigado com uma criança ali da tribo. Ao ouvir se aconselhar com seu avô, seu avô olhou nos olhos dele e disse: "Eu também, meu neto, às vezes sinto um grande ódio daqueles que cometem injustiças sem sequer arrependimento pelos que fizeram. Mas o ódio corrói quem o sente e nunca fere o inimigo. É como tomar veneno esperando que o inimigo morra."
O jovem continuou olhando surpreso e o avô continuou: "Várias vezes lutei contra esses sentimentos. É como se existissem dois lobos dentro de mim: um deles é bom e não faz mal. Ele vive em harmonia com todos ao seu redor e não se ofende. Ele só luta quando é preciso, e de maneira reta. Mas o outro lobo, este é cheio de raiva. A coisa mais insignificante é capaz de provocar nele um terrível acesso de raiva. Ele briga com todos o tempo todo sem nenhum motivo. Sua raiva, seu ódio, são muito grandes e por isso ele não mede as consequências de seus atos. Às vezes é difícil conviver com esses dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar o meu espírito." Então o jovem perguntou para o seu avô: "Meu avô, mas qual desses dois lobos vence essa guerra?" E seu avô respondeu: "Vence aquele que você alimenta."
Olha que incrível, olha que bela essa passagem, né? Olha que belo esse ensinamento! A gente percebe que realmente o ódio, a raiva, é como se tomássemos veneno esperando que o inimigo morra. Olha que coisa interessante! Essa frase é de William Shakespeare, porque na verdade, quando você sente o ódio, você não está prejudicando a pessoa. Às vezes a pessoa nem sabe que você existe. Às vezes você está sentindo ódio porque fechou alguém no trânsito, ou foi fechado por alguém no trânsito, né? Na verdade, e está com ódio dessa pessoa; ela nem sabe que você existe.
Às vezes, o seu objeto de ódio já até morreu; alguém que você tomou raiva, ódio, a pessoa morreu, e você continua com ódio. Essa pessoa nem está aqui nesse planeta, e você está envenenando o seu corpo, está produzindo proteínas que vão atrapalhar o crescimento das suas células e vão muitas vezes gerar doenças por células defeituosas. Você está acabando com o seu astral, você está mudando sua vibração de energia e você está destruindo seus dias por conta do seu ódio. Então, perceba que quando você perdoa, o perdão não é para a pessoa que você perdoa. O perdão é para você. Perdoar é você tirar de dentro aquela dor e deixar que ela vá e encontrar a sua paz.
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