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GUARDIÕES DA GALÁXIA: VOL. 3 [FILME] (2023):

Eu acho fascinante como as pessoas acham que animais são humanos.

Talvez seja culpa dos métodos de representação dos personagens nas histórias infantis. Pode ser mesmo legado de gente como ESOPO (620 A.E.C. — 546 A.E.C.), que usava desses artifícios para suas fábulas morais e moralistas, no bom e no mal sentido (aliás, acho que a “A GALINHA DOS OVOS DE OURO”, é inspirara numa narrativa indiana, cujo protagonista é uma cobra, em verdade).

Muita gente absorveu essa mitologia para a criação da cultura adulta centrada em manter controle de suas proles (“programas infantis”), e assim garantir seus próprios programas políticos ou melhor, econômicos políticos para o futuro.

A HERANÇA É ALGO QUE EXPLICA MAIS FAMÍLIA DO QUE AMOR ENTRE SEUS MEMBROS. PELO MENOS NA VERSÃO MAIS CAPITALISTA, PORQUE A NUCLEAR TEM SEUS DISPARATES.

Então esse tipo de mitologia, que em verdade é uma metodologia de representação de pessoas, emoções, qualidades, e atualmente, etnias, é algo bem comum ao pensamento ocidental e até mesmo às histórias em quadrinhos.

Gente como Will EISNER (1917–2005), em seus manuais técnicos para desenhistas de histórias em quadrinhos (1996) recomendava o uso desse tipo de recurso, só que de maneira inversa: quando fosse desenhar um personagem, tender-se-ia usar características animalescas em sua composição gráfica, para que o leitor pudesse facilmente reconhecer o caráter, ou qualidade, dele.

ALÉM DE DIFICULTAR UM MONTE DE PROCESSOS POR REPRESENTAÇÕES RACISTAS, SUPONHO.

Aqui, nessa versão liberal e space-opera de REVOLUÇÃO DOS BICHOS (“ANIMAL FARM”, (1945)) vemos como JAMES GUNN (1966) aquele diretor que quando jovem fazia piadas sobre pedofilia e estupro , mas que diz que desenvolveu melhor seu humor, espero, termina de vez qualquer tipo de diversidade étnica nessa franquia, pelo menos no caso de seus protagonistas.

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