MATAR OU MORRER [QUADRINHO] (2016–2018):
Muitas vezes esquecemos que a mídia dos quadrinhos, é mídia.
“AINNNN JURAAAAAAA?”
Juro.
Dizer o óbvio as vezes é necessário. Essa linguagem em verdade é um conjunto de valores pensados originalmente e predominantemente, mas não unicamente, para a venda. Não importam os níveis dela. Até mesmo webcomic’s e fanzines, tem como fim último um futuro mercado de venda. Quem me ensino isso foi minha experiência com o fanzine do Sombrionauta. Eu antes o distribuía como panfleto gratuito, até que percebi que era o único fazendo isso ,e portanto, estava atrapalhando o negócio dos fanzineiros.
QUEM DISTRIBUI FANZINE DE GRAÇA, ESTÁ FAZENDO PROPAGANDA, OU É ALGUÉM QUE NÃO PRECISA DO DINHEIRO E, CONSCIENTEMENTE OU NÃO, ESTÁ DESTRUINDO LENTAMENTE UM MERCADO.
Dito isso é necessário entender então que mídias via de regra almejam o máximo de alcance, mas têm em si uma persona nas quais se focam. Ou seja, têm um mercado para o qual são direcionados. A minha persona por exemplo é um a das piores possíveis, pois almejo proletários, coisa que nego prefere morrer do que se referir a si mesmo assim.
Em parte, é culpa da mídia liberal de esquerda, que ao criticar a exploração do trabalho, ataca o trabalho em si mesmo. A meu ver uma má interpretação de DIREITO À PREGUIÇA, (LE DROIT À LA PARESSE, 1880) do suicida socialista PAUL LAFARGUE (1842–1911). Esse tipo coisa é feita por quem raramente trabalhou como assalariado, então tende a não perceber que o orgulho do trabalhador, vem do fato de ser trabalhador.
O CAPITALISMO E O CHEFE SÃO OS QUE QUEREM DESTRUIR ESSA AUTOESTIMA.
Porque a função básica de chefe a atrapalhar todo o tipo de autogestão de proletários, porque vai que eles viram anarquistas, depois socialistas e finalmente comunistas. Aí já viu.
Assim sendo proletários parecem não ser a grande persona da mídia em geral, embora essa mídia tenha que acessar certos traços deles para construir suas histórias, logo alguns de seus valores.
O FASCISMO (1919) FEZ E FAZ ISSO MUITO BEM, A MEU VER.
E quem conhece trabalhador, sabe muito bem que ele odeia quem não trabalha. É uma coisa quase ontológica. Logo criminosos são uns dos grandes ódios de proletários, os quais, a mídia dos quadrinhos estadunidense geralmente chama “cidadão comum” ou no Brasil de “cidadão de bem”.
E GERALMENTE SEUS HERÓIS NESSE MÍDIA SÃO HOMENS BRANCOS LIBERAIS HETEROSSEXUAIS COM CRISES DE MASCULINIDADE.
Esse quadrinho é sobre isso.
"Lenses of Shadows (ft Apophysia)"
by SackJo22
2020 - Licensed under
Creative Commons
Attribution Noncommercial (3.0)