MUSSUM, O FILMIS [FILME] (2023):
Geralmente as biografias acerca da classe artística brasileira são bastante agradáveis e fáceis de serem absorvidas pelo audiência geral. São por um lado atrativas para o grande público por serem retratos de meritocracia e superação, e para os profissionais da arte, por serem percursos prováveis de meritocracia e superação.
UAI?
Em verdade a meritocracia e a superação são os grandes temas nessas cinebiografias, que idealizam um dos setores menos regulados em termos trabalhistas do Irmão-Capitalismo, a arte de modo geral. Então essa falta de regulação e acordos espúrios que convencionamos chamar de “contatos” ou “rede de contatos” é que em verdade compõe esse tipo de setor empregatício.
Então apreciarmos esse tipo de produção de maneira rigorosa, denuncia como todos os que estão ligados ao setor de arte e de entretenimento têm a vã esperança de não estarem em um mercado de trabalho.
E SIM, ESTAMOS. INCLUSIVE EU.
Logo criticar esse tipo de apresentação de nosso mercado é uma tarefa tão amarga como tomar chá de boldo, mas que traz benefícios análogos.
Um deles é ter a capacidade de depurar esse discurso desleal de “empresários de si mesmos”, para assim, podemos verificar as verdadeiras forças motrizes que lastrearam e calcaram o sucesso desses artistas.
AQUI, É TORNADA CLARA, A FORÇA IMPLÍCITA E TERRÍVEL DE UMA MÃE PRETA.
Esse filme é sobre isso.