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Geralmente eu prefiro discutir apenas sobre uma produção por vez. Menos dados e menos pesquisas para lidar. No entanto senti a necessidade de comparar quatro filmes que serão abaixo relacionados. Então o que vocês estão acompanhando é uma espécie de história comparativa nos moldes dados pelo historiador CARLO GINSBURG (1939): na qual ao acusar algo, o mesmo passa a existir pela própria força do investigador.

Pois bem, notar esse tipo de noção, a de que existe um inimigo comum, ou uma ideia que cria inimigos comuns, mesmo que eles não estejam exatamente relacionados pode estar criando um estranho e, portanto, interessante novo paradigma de machismo: aquele que após os processos do ME TOO (2006), movimento criado pela ativista negra estadunidense TARANA BURKE (1973), e celebrizado por uma série de mulheres, brancas, foi usado tanto para derrubar gente como HARVEY WEINSTEIN (1952), notadamente nos setores de entretenimento, o que foi chamado de EFEITO WEINSTEIN.

Aqui surge a minha dúvida/opinião: o MEE TOO realmente acertou seu alvo, tanto que vários assediadores foram acusados, presos e muitos confessaram, porém, a indústria não mudou em seus métodos empregatícios, sendo que eu mesmo critiquei isso ainda no A GÓRGONA (2019–2021), mais precisamente quando falamos de WARREN ELLIS (1968). O problema não são os homens em si, mas os homens com poder de fato que propicia que eles possam exercer o machismo em seu máximo, e isso quer dizer gente que detém os meios de produção. Não que homens pobres não possam exercê-lo, mas que eles são limitados economicamente. Sem uma mudança estrutural nos sistemas empregatícios, principalmente os do entretenimento, os danos ao MACHISMO, são apenas temporários.

AS OBRAS ABAIXO TÊM UM TEOR MACHISTA QUE PARECE DIZER QUE O ME TOO NÃO FOI SUFICIENTE PARA DETÊ-LO.

Essa opinião é sobre isso.

"Step Horror"

by Robbero

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