TÁR [FILME] (2022):
Linguagem é uma coisa fantástica, porém superestimada. Porque muito do que chamamos de pós-modernidade (1989) é apenas uma mudança de palavras sobre as mesmas bases materiais, e como disse o velho KARL MARX (1818–1883) mudar os termos é apenas uma estratégia para se fingir que houve uma mudança material real.
Em última análise, mudar a linguagem, sem mudar a materialidade que a produziu é apenas criar uma consciência em desacordo com a realidade concreta, em suma, se alienar do mundo verdadeiro.
SIM, EU SEI QUE A VERDADE É RELATIVA, MAS ISSO NÃO QUER DIZER QUE ELA É IMATERIAL.
Mesmo assim, talvez num impulso de conseguirmos operacionalizar as grandes quantidades de informação que nos são enviadas, também contra nossa vontade, tentamos sintetizá-las e arquivá-las em sistemas de compactação de dados.
Compactar é um grande palavra recentemente: estamos trabalhando com nomes e acrônimos que serviriam para sintetizar as informações de forma a que possamos responder prontamente aos sistemas de comunicação, e que acabaram criando termos como TAR (acrónimo para Tape Achive), que é um formato de arquivamento de informações digitais que a princípio se referia a fitas magnéticas, e que hoje é estendidos para arquivos tipo .zip ou .rar.
GRAÇAS A ESSE TIPO DE FACILIDADE ESTAMOS NOS TORNANDO TACANHOS ACUMULADORES DE INFORMAÇÕES DETALHADAS E INÚTEIS.
Mas outras palavras poder ser TAR. Por exemplo as palavras feminismo e cancelamento, que em verdade têm várias conotações em separado e ainda mais, se combinadas.
Este filme que resenho tenta fazer um TAR do que é o cancelamento para mulheres tidas como feministas, na visão do Capitalismo.
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