À esquerda de Albuquerque.
O Cinema estadunidense de alto nível tem em uma de suas tônicas discutir o socialismo americano proletário.
É SÉRIO.
Mas ele apresenta sempre esse socialismo sobre o viés do lumpemproletariado. As produções sempre recrutam atores terríveis que tem a noção, cínica e, portanto, consciente, que estão lá para representar o que seriam se não estivessem no cinema, ou seja um bando do losers (perdedores): gente condenada a ser sempre condenada.
Filmes nesse sentido são: COMO ERA VERDE O MEU VALE (1941), VIVA ZAPATA! (1952), SINDICATO DE LADRÕES (1954), AMOR SUBLIME AMOR (1961),CHINATOWN (1974), UM ESTRANHO NO NINHO (1975), ROCKY: UM LUTADOR (1976), F.I.S.T. (1978), TOURO INDOMÁVEL (1980), GANGUES DE NOVA YORK (2002), e toda a filmografia (1984–2021) dos IRMÃOS COEN (1954/1957).
Muitos dos atores que representam os protagonistas trabalhadores, em suas vidas reais, são bêbados, estupradores, abusadores, espancadores de mulheres e viciados. Me pergunto o quanto o dinheiro os tornou assim ou apenas lhes deu a oportunidade de serem assim.
Essa oposição entre os winners (vencedores) e os perdedores é constante na sociedade estadunidense e se estende desde o cinema até os textos de gestão empresarial ], sendo também tema dos best-sellers de auto-ajuda.
Mas o cerne dessa conceituação é que ser um perdedor é uma opção, uma escolha.
BETTER CALL SAUL aplica esse conceito com maestria, porém o trapaceia.
MAS O QUE ESPERAR DE SAUL GOODMAN?
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