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Combata um futuro.

Eu sinto falta do abusador de mulheres Warren Ellis (1968). Poderia dizer que sinto falta de sua obra, mas aí, conforme as feministas radicais me explicaram, seria uma forma e passar pano para ele . Também elas me explicaram que abusadores são brilhantes e competentes, por isso podem abusar. Isso se dá, porque eles cumprem uma função social que lhes confere poder além do dinheiro sobre essa sociedade, e se ele é homem, particularmente sobre a corporalidade das mulheres. Foi assim com Ellis.

MAS COMO, NO SENTIDO HISTÓRICO, FOI ISSO?

Ellis sempre discutiu um tema que é fundamental, mas difícil, de debater em nossa sociedade: o impacto da tecnologia em nós . Eu podia dizer, “nosso corpo”, mas isso seria um dualismo para lá de católico ou religioso ocidental.

E O PROBLEMA É ESSE: NÃO TEMOS MUITOS AUTORES QUE DISCUTEM, PÓS-MODERNAMENTE, NOSSA REALIDADE MATERIAL. E ESSE ELITISMO, QUE VEM DO PROBLEMA DO “GÊNIO ARTÍSTICO” VISIONÁRIO, É QUE CONCEDE PODER A GENTE COMO ELLIS.

Não basta punir e calar roteirista. É preciso criar opções e variedade para a discussão que ele propõe. Porque enquanto isso não acontece, há um perigo real de ele conseguir seu poder (organizar pessoas) de volta, simplesmente porque ninguém mais consegue exercer a função dele como narrador, e suas vítimas concordam com isso; leia essa matéria abaixo e você entenderá: https://www.theguardian.com/books/2020/jul/13/women-speak-out-about-warren-ellis-transmetropolitan .

Assim proponho algo aterrorizante e inevitável neste texto: percebi um equivalente de Ellis, mais velho, e que fez um filme criticando gente como os dois. David Cronenberg (1943). Vamos ler e ouvir sobre os crimes que praticamos em nome de UM futuro.

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