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Pós-weberiana.

Uma boa ideia não é tão fácil de continuar assim. Porque dependendo de como ela foi gestada, e quando, a mesma atende à agenda política de seu criador, e também, das pessoas correlatas que participaram da materialidade da ideia.

Por isso a noção de “autor” entrou em crise por volta dos anos de 1980, justamente por ser difícil separar quem teve a ideia original e quem a realizou de fato. Isso explica porque algumas produções, principalmente no cinema, aparecem com legendas tais como “livremente inspirado”, o que na prática geralmente significa “pegamos o nome como bait (isca) para os fãs originais, mas não vamos usar quase nada do conceito”.

Essa postura se repete constantemente no âmbito, acreditem ou não, nas séries mais do que nos filmes.

Algo estranho, visto que, filmes são mais curtos, logo não deveriam trabalhar bem o conceito devido justamente a seu parco tempo de apresentação, se comparado ao das séries.

Mas algo acontece no meio das séries, e desconfio que o problema seja justamente a duração:

UM FILME É COMO UMA BOMBA, ENQUANTO UMA SÉRIE É COMO UMA CONVERSA, LOGO ELA TEM MAIS POSSIBILIDADES DE CRIAR POLÊMICAS A LONGO PRAZO.

Já os quadrinhos, para o segmento adulto, tendem a ser um crescendo de polêmicas minuciosas, centradas num público acostumado a isso, coisa que nem sempre o pessoal que acompanha séries na tv, um público bem mais amplo, está acostumado.

Portanto, creio que o problema é que os quadrinhos são uma mídia que é muito mais liberal, no bom sentido, em termos de discussão do que as séries.

Logo quem as adapta para a tv tende a temer tais questões.

Mesmo assim, existem boas adaptações disso como THE BOYS (2019–2022), mas não é o caso aqui.

E CREIO QUE O PROBLEMA É UMA DAS PRODUTORAS DA SÉRIE AVA DUVERNAY (1972).

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