B.P.D.P. : INFERNO NA TERRA — RÚSSIA [QUADRINHO] (2011–2012):
Eu adoro como os soviéticos e russos correlatos são apresentados nos quadrinhos estadunidenses. De modo geral reflete como eles temiam o pensamento comunista soviético, apesar de alguns exageros.
Quando falo de exageros, estou pensando em como geralmente o povo russo é retratado como insensível e cruel na cultura pop. Parecem pessoas que são desprovidas de qualquer forma de compaixão ou de empatia para com outros seres humanos, e que em verdade não passavam de gente sempre a espera de um novo czar, seja ele Nicolau II (1868–1918) , ou, JOSEF STÁLIN (1878–1953).
Porque há no pensamento estadunidense uma tendência a se ver ainda como duplo dos soviéticos, tanto que há um medo bem difundido neles da existência do chamado ESTADO PROFUNDO em sua burocracia, que em verdade é o clássico medo capitalista de intervenção do Estado sobre a economia contra os seus interesses mais imediatos.
Assim, na construção dos agentes soviéticos, ou russos, sempre aparece a noção de que eles são educados, corteses, bem-intencionados e completamente impiedosos.
RESUMINDO, SÃO BUROCRATAS ARMADOS, INCENTIVADOS E COM PODER DE FATO PARA MUDAR O MUNDO.
Mas esse tipo de gente está em todas as nações: nos E.U.A. seriam corporificados na figura de J. EDGAR HOOVER (1895–1972) que renegou sua própria sexualidade em prol de seus ideais.
POIS É: NINGUÉM CONFIA EM QUEM COLOCA O PENSAMENTO COLETIVO À FRENTE DE SEUS DESEJOS PESSOAIS.
E ainda menos naquele que têm prazer quase epicurista em fazer isso.
Aqui, em um das minhas séries favoritas de quadrinhos que odeiam comunistas temos a apresentação de um personagem que encarna, apesar de morto, as descrições acima: Iosif Nichayko.
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