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Description

A tola e invisível chama do desejo, ou, sobre o livre-arbítrio daquilo que não morre.

Eu particularmente sou bem atraído pela cultura árabe. Ou talvez pela visão ocidental da cultura árabe. Principalmente a islâmica. Apesar de batizado como católico, e ter um grande respeito pelo chamado “budismo do povo” (interpretação religiosa do pensamento budista), se um dia eu escolhesse acreditar em algo além-mundo seria o muçulmanismo.

MAS SIM, EU SEI, TODA A RELIGIÃO, NO ABSTRATO É BELA , INCLUSIVE EM SEUS PRECONCEITOS.

Porque as palavras são preenchidas, também, pela individualidade de quem as lê, além do convívio social que as dá lastro, sendo esse uma síntese simplória da teoria da recepção pensada por Wolfgang Iser (1926–2007), em seu conceito de espaço negativo.

Assim, nesse tipo de teoria, há espaço para certa autonomia e autodeterminação sobre o sentido que se lê, seja ficção ou não, sem que necessariamente isso seja apenas uma opinião infundada.

Esse filme vai tratar disso em sua superfície.

Contudo, em seu espaço negativo, ele trata de um outro assunto, bem recorrente no cinema, na literatura e outras ficções, principalmente as racistas, infelizmente: o pacto entre feminismo e homens negros.

Tal pacto incide em além de tolerância enquanto existência um do outro, em uma crítica rigorosa recíproca. GEORG WILHELM FRIEDRICH HEGEL (1770–1831) se referiu a isso, ao falar do islamismo, que tal operação era chamada de “amor cruel”: criticar o outro em sua presença para que ele pudesse sobreviver à nossa ausência.

ESSA PRODUÇÃO É UMA DECLARAÇÃO DE AMOR CRUEL A TODAS AS MULHERES, FEITA PELOS HOMENS NEGROS.

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