ATLANTA — 3ª e 4ª TEMPORADAS [SÉRIE]- (2022):
Me explicaram recentemente que existem 4 tipos de niilismo: o niilismo negativo, que é tipo aquela rapaziada meio chata que tem bons argumentos mas que em verdade não quer que ninguém resolva nada, o reativo que espera que a realidade resolva por si só os problemas que o anterior percebeu, o passivo; que enxerga o mundo apenas como algo sem sentido e portanto sem motivos para ser alterado e finalmente o ativo (aquele que o Batman cita em BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS [ QUADRINHO] (1986): no qual se percebemos que o mundo não tem sentido, que então criemos um.
Pensando nisso, fico me perguntando quais o meu querido Irmão-Capitalismo deixa que negros possam usufruir.
Ou talvez eles não precisem de niilismo, porque não necessitam de sentido.
Muito da existência dos negros beira o absurdo kafkiano: coisas que acontecem no cotidiano dessas pessoas seriam facilmente temas para os piores filmes de terror possíveis da vida dos que desfrutam do pacto narcisista da branquitude em maior ou menor grau.
THEM [SÉRIE] -PRIMEIRA TEMPORADA (2021), É O MELHOR EXEMPLO DISSO.
E mais; outras produções de diretores e produtores negros têm tentado mostrar outra forma de vivência de seus semelhantes, e como eles se relacionam uns com os outros, tais como nas produções de JORDAN PEELE (1989), cuja a última não foi tão bem vista porque tenta mostrar com irmãos negros podem sim se amar apesar de seus problemas empregatícios, e também as de NIA DaCosta (1989),as quais lembram que o mel da opressão sempre atrai as abelhas de Set.
Ambos acima invocam o horror e a ciência em suas produções.
Mas existe também o que DONALD GLOVER (1983) invoca: o riso.
No decorrer dessa série não sei se é o riso de alguém conformado, ou se é ode alguém que a conformação arranca risadas.
NÃO SEI SE ELE É O BERGSON (1859–1941) OU O BAKHTIN (1895–1975).
OU SE ELE É OS DOIS.
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