Cerveja, violência e cultura.
Cultura de trabalhador é uma coisa bem interessante, porque ela aparentemente é simples, porém, quando a observamos melhor ela tem nuances que nós não esperamos. Esses nuances para quem não a conhece passam um tanto despercebidos e levam esse tipo de pessoa a achar que está vendo o mesmo tipo de objeto cultural, só que executado por outras pessoas.
Isso porque na superficialidade tudo parece mesmo bem igual, até mesmo monótono. Logo um pouco de crítica, mais aprofundada, sobre bandas e outras vertentes culturais de trabalhadores precisa de críticos melhores, ou pelo menos, dispostos a enfrentar tal desafio.
Dentro desses nuances também temos a questão etária, que muda um pouco como tais objetos são produzidos. Volte e meia temos jovens fazendo o famoso “som raiz”, mas também velhos criando um “new school”.
Tudo isso demanda então variantes que são unidas por um eixo comum, uma emoção, e a partir disso vão se construindo sonoridades que demonstram a coletividade dos envolvidos da produção sonora e seus devidos estilos de pensamento, delimitados por coisas como habilidade técnica e acesso a equipamentos.
Por excelência a cultura dos trabalhadores é sobre ira, sobre como a vida cotidiana no trabalho é no mínimo torpe e como nossos patrões e chefes deveriam cometer suicídio com uma faca enferrujada em suas barrigas como forma de compensação por tê-los suportado tanto tempo.
Aqui nesse dia do trabalhador de 2022, vi algumas bandas no KOOL METAL FEST que têm essa premissa divertida e sanguinolenta.
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