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PANTERA NEGRA: WAKANDA FOREVER [FILME] (2022):

Tenho percebido que cada vez mais a cultura pop está procurando uma homogeneização de si. Como ela é de base trabalhadora conservadora branca, esse é um trabalho que demanda uma enorme capacidade de sintetizar elementos conceituais narrativos e imagéticos que possam ser aceitos pelas diversas etnias, gêneros e graus contidos na classe dos trabalhadores.

Como é muito difícil, e nada desejado pelas forças hegemônicas, a criação de uma nova conceituação (como a empregatícia), o jeito é pegar um conceito antigo, porém eficiente, de pensamento revolucionário hegeliano para organizar essa narrativa: o nacionalismo.

O nacionalismo francês, notadamente, é que conseguiu resolver essa questão das diversidades na população pobre e trabalhadora, notadamente quando da colocação do COMITÊ DE SALVAÇÃO PÚBLICA (1793), que estabeleceu a defesa da França Revolucionária contra inimigos domésticos e estrangeiros (inimigos externos).

Esse tipo de conceito serviu como base das democracias modernas, e não a DEMOCRACIA ATENIENSE (VI-V a.e.c.), como muitos, inclusive de má-fé proposital, defendem.

Aqui está o ponto: o que diabo é um inimigo nesse sentido?

Etimologicamente essa palavra vem do latim, e quer dizer em sua origem “amigo ruim”. Já “amigo” que teria mesma origem da palavra “amor” ou “anima” e que seria algo como “aquele que guarda o amor” ou “aquele que guarda a alma”. No entanto, em inglês, o equivalente a essa palavra é “friend” que tem a mesma raiz em “freedom” (liberdade), ou seja, alguém que lhe deixa livre, confortável, ou à vontade.

Para evitar a obviedade e a inevitabilidade da discussão sobre o racismo feita no último filme do PANTERA NEGRA (2018), mas utilizando o novo estereótipo racista dos latinos contra os pretos de maneira tácita, esse comovente e brilhante filme que resenho faz uso do recurso francês do nacionalismo.

QUE NÃO DEU MUITO CERTO LÁ NO HAITI.

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