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Lovecraft Universe.

Cada vez mais começo a questionar as pessoas que produziram conteúdo que apreciava quando jovem. Isso se origina devido a um simples fato: ficar velho e se ter consciência que é trabalhador, depois que se é proletário, e finalmente que é proletário negro. Assim o que me divertia antes não me afetava, logo eu não ficava irado, logo não questionava.

Suponho que muita gente já passou por esse processo: os que não passaram não devem ser negros ou proletários. E mesmo alguns passaram por isso , vieram a negar essa consciência e logo depois preferiram se unir ao “lado negro da força”.

E NÃO ESTOU FALANDO DE NENHUM MOVIMENTO ANTI-CAPITALISTA.

O que em verdade leva a esse tipo de conformação é não se passar por nenhum processo de politização explícita, e que force a pessoa tomar uma posição no mundo, sua tendência então é assumir a neutralidade, que no fim é ficar do lado de quem já venceu.

Em pouco tempo esse tipo de pessoa passa reproduzir em suas práticas, inclusive trabalhista e artística, os preconceitos que outrora criticava. Uma vertente disso é o racismo recreativo.

O racismo recreativo é basicamente apresentar ou colocar negros em situações de dor e sofrimento, sem questionar o motivo que aquilo está acontecendo. Muita gente acusou a série THEM (2021) de fazer isso, mas esqueceram de perceber que os protagonistas vêm a enfrentar e contestar o que lhes acontece. [ https://sombrionauta.medium.com/them-s%C3%A9rie-primeira-temporada-2021-fd077c18e56c ]

HÁ UMA LINHA MUITO TENUE ENTRE A CONSCIENTIZAÇÃO E A ACEITAÇÃO DO QUE O IRMÃO-CAPITALISMO FAZ, MEUS CAROS.

Nesse ínterim destaco aqui como o terceiro volume da série que resenho confirmou, infelizmente, uma coisa que já havia percebido desde o volume 02: David Fincher (1962), diretor aclamado e produtor da série caiu para uma variante de racismo recreativo.

Vejamos.

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