Listen

Description

A vitória reservada.

Uma coisa que me chamou a atenção nas Olimpíadas de 2008, que ocorreram em Beijing, na China, foi uma fala na abertura, feita por um dos comentadores brasileiros, acerca da belíssima apresentação: de que a China não citou seu período revolucionário, o que significava que ela finalmente havia sepultado seu pensamento socialista.

De lá para cá vemos uma mudança que parece saída de um episódio dos SIMPSONS (1989), aquele sobre a Rússia ainda ser de maneira discreta a U.R.S.S., pois cada vez mais o secretariado do Partido Comunista Chinês (1921) tem se afirmado leninista. Só não fala em voz alta que é revolucionário, mas a todo momento deixa a entender que está esperando só uma vacilada dos E.U.A. para se movimentar de outra forma.

Isso se reflete também em seu cinema, que outrora definia uma série de produções que explicitamente defendiam seu Estado Burocrático, centradas no período anterior à sua revolução, retratando muitas vezes a entrada do Irmão-Capitalismo; HERÓI (2002), O CLÃ DAS ADAGAS VOADORAS (2004), e em certa medida O MESTRE DAS ARMAS (2006) e SENHORES DA GUERRA (2007) são produções que seus protagonistas se sacrificam em prol de um conjunto de ideais de sociedade melhores do que eles estão vivendo.

Mas todos eles deixavam implícito a necessidade de homens e mulheres de Estado que estivessem dispostos a sacrificar seus interesses pessoais em prol de um ideal de coletivo.

NESTE FILME O DIRETOR YIMOU ZHANG (1950) DEIXA BEM CLARO QUE ESSE IDEAL É O SOCIALISMO DE ESTILO COMUNISTA CHINÊS.

Siga lendo no medium.