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Édipo esquerdista X Hera Burguesa.

Difícil fazer autocrítica de esquerda. Porque muito do que discutimos é o quanto podemos agir sem sermos determinados pelo Irmão-Capitalismo em nossas ações. Essas determinações não estão apenas no campo das necessidades, mas também nos do desejo: a corrupção de esquerda se dá também por uma veleidade de ser mais eficiente que o próprio Capitalismo, não entendendo que o problema não é ser mais eficiente, e sim, ser diferente dele em termos de superar suas contradições.

Essa superação de contradições parte de tentar identificá-las como parte de nossa própria formação e que, algumas delas podem vir a nos beneficiar: por exemplo,  um homem negro pode ser beneficiado pelo machismo, principalmente quando nessa situação está envolvida uma mulher negra. Mas esse mesmo homem negro, dentro da economia política machista não tem tanto poder sobre uma mulher branca, principalmente se ela é rica.

Então existem políticas gerais de controle que não se expressam de maneira uniforme dentro do corpo social. Ficar atento a isso, faz com que consigamos entender o limite do que podemos criticar, da origem dessa  crítica, qual seu modelo e, finalmente,  sua validade.

Com isso em mente, é que podemos analisar os filmes de Pedro Almodóvar (1949 ou 1951): levando em conta que;  primeiro, ele é um diretor de esquerda, segundo que ele é machista e terceiro; que o mesmo é gay.

Neste filme, Almodóvar é atraído a fazer um balanço do feminismo (liberal) e seus impactos em mulheres de esquerda.

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