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Crônica de um suicídio assistido.

Se existe um local do negacionismo no cinema é o filme catástrofe. Nele todas as teses pseudocientíficas têm lugar e expressão, sempre apresentadas, como naquela outra série negacionista que eu aprecio, ARQUIVO X (1993–2018), como conspiração governamental do Estado profundo.

Primeiro, “Estado profundo” é o nome que os estadunidenses gostam de dar a sua burocracia de estado carreirista: gente como americano pobre que é educado a odiar a NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço) (1958-) e pensar nela como desperdício de recursos, justamente porque ela é uma dessas agências governamentais que produz uma tecnologia brutal em ambientes controlados, sendo responsável por grande parte dos avanços científicos no cotidiano destes mesmos pobres como: camêras de celular, compressão de vídeo, comida de bebê, trajes de compressão para gestantes (para evitar hemorragia pós parto) , ferramentas wireless e outras.

Traduzindo: o conceito de “Estado profundo” é uma ideia que visa convencer os pobres a não confiarem na ciência que criou a tecnologia que os mesmos usam.

Segundo; conspirações governamentais e ilegais existem, e são reveladas o tempo todo: pergunte à presidente Dilma Rousseff (1947) que ela te dá uma introdução sobre isso. O que esse tipo de coisa quer defender é o negacionismo da História como ciência, coisa de que já falei quando discuti NÃO OLHE PARA CIMA (2021).

Esse tipo de negacionismo sempre apresenta um intelectual outsider que faz uma descoberta que a burocracia estatal também fez, mas ocultou. Não que não existam intelectuais outsiders, e acho que gente como Domenico Losurdo (1941–2018) era um desses; ou seja; pensadores que só são alçados à ribalta depois da morte, porque aí não podem mais responder a elogios que são piores que críticas.

Finalmente, nesse gênero cinematográfico, sempre é apresentado um homem, de preferência que era dessa burocracia estatal, mas que suas ações o transformaram em outsider, e ele deve salvar o planeta (um perigo planetário sempre pode ser usado de forma a negar as classes sociais), usando a tecnologia estatal e outsider para assim, salvar a humanidade e leva-la a uma nova “era dourada”.

RESUMINDO, REI ARTUR, MAIS UMA VEZ.

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