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Àqueles que todos os outros culpam.

Os burocratas eram os “tentáculos com olhos” dos Impérios, ao mesmo tempo seus braços e pernas, sua ira e sua alegria. Ninguém se arrisca a discutir com um burocrata se ele está em vantagem, e quase ninguém abre mão de maltratá-lo se tiver chance.

Geralmente suas origens causam espécie em ricos e pobres: dotados de uma educação clássica invejável, poderes de observação letais, capacidade metódica de preverem atos, de deduzir crimes secretos, mapearem amores obscuros, levar eletricidade, educação, genocídios, saúde e divertimento, enfim, de descobrir os paradoxos do coração da humanidade, para servi-lo, ou destruí-lo.

Tudo isso depende do que estiver no memorando do dia. Eles não são tidos como humanos, porque estão um tanto alheios aos sentimentos ordinários, senão, não seriam tão eficientes.

O problema é que sua habilidade é condicionada por sua capacidade terrível de se apaixonarem por si mesmos: a escola pública (secundária) universal em verdade é o grande experimento da burocracia em recriar a si mesma em diferentes formatos e tonalidades. Suponho, que inspirada em certo pensamento mouro escravista.

ASSIM, BUROCRATAS NÃO COSTUMAM SURGIR ENTRE OS RICOS, POR ISSO O ÓDIO QUE ELES DESPERTAM DESTES ÚLTIMOS.

E Kenneth Branagh (1960), esse irlandês de origem pobre e portador de educação shakespeariana, dá vida nessa produção ao terrível horror criado pela filha da elite americana Agatha Christie (1890–1976) mais uma vez, ao interpretar o detetive proletário belga Hercule Poirot (ou simplesmente, “Alho-poró hercúleo” em referência a sua arrogância intelectual vinda de sua origem campesina).

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