Listen

Description

OS BANSHEES DE INISHERIN [FILME] (2022):

Uma das coisas mais fascinantes de se ter a cultura pop como produtora de seus documentos historiográficos é como as pessoas que discutem as questões de cultura de massa via de regra, a detestam.

GERALMENTE TAIS PESSOAS SÃO DE ELITE, TIPO O ADORNO (1903–1969), OU MESMO O ORTEGA Y GASSET (1886–1955).

Não que eles sejam irracionais quanto ao tema, mas com certeza limitados. Não que também isso seja um problema: o bom racionalismo tende a ser limitado para ser eficiente, e é isso que o torna útil.

TUDO QUE É MUITO UNIVERSAL TENDE A SER COMPLETAMENTE DESCARTÁVEL EM TERMOS PRÁTICOS, TIPO ACREDITAR EM AMOR INCONDICIONAL OU QUALQUER TIPO DE DEUS.

Isso porque o universal sempre tem preconceito com o local, porque o local existe e ele não. Todo o imperialismo como conceito, moderno ou não, tende a não gostar das questões locais, porque elas demonstram que governos que se propões multinacionais geralmente derrapam ao perceber que as geografias nacionais nem perdem tempo desafiando isso, porque pluri nacionalidades são abstrações sempre falhas.

MAS QUE CONSTROEM NAÇÕES EM CERTAS GEOGRAFIAS DETERMINADAS.

Esse amor por esse conceito infinito, logo falso materialmente, como KANT (1724–1804), ou toda a física, quântica ou não demonstrou, é muito sedutor aos intelectuais, inclusive orgânicos: quem acredita em infinito tende a almejar a imortalidade.

E POR ISSO MESMO, TRAIR O LIMITADO E O LOCAL.

Mas o local, tal qual a comédia, tende a rir de tal falsidade fruto do  drama (essa expressão da universalidade), porém aceitar rir com ele, pagando algumas bebidas.

AQUI NESSE FILME QUE RESENHO, É O QUE ACONTECE QUANDO O DRAMA SE RECUSA A SENTAR À MESMA MESA DA COMÉDIA.

Siga lendo no medim.