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Diabólica paciência de santa.

A relação entre orientando e orientadora é algo bem tenso. Ambos entram em uma relação que se assemelha a um salto de fé, e mesmo que haja uma rígida e metódica seleção, tanto por parte do orientando quando da orientadora, tudo se resume a uma aposta se os dois vão corresponder às expectativas um do outro.

Falo especificamente de orientando e orientadora, por ter vivido isso quando cursei o mestrado: ser orientado não é ser assessorado, pois assessores na maioria das vezes são pessoas que ajudam de maneira servil na visão de mundo de quem servem, e orientadores criam em parceria com seus orientandos uma visão híbrida dos assuntos que os últimos desejam discutir.

Ajudar outros a verem um mundo que não existe dentro de nenhum dos dois é a meta da orientadora e expectativa do orientando.

É uma relação criativa tensa, onde intelectos combinam a experiência da orientadora com a astúcia do orientando, pois ambos tem de trabalhar duvidando de si mesmos e confiando um no outro até o final da produção.

Essa tentativa é quase um pacto fáustico, onde ninguém sabe ao certo quem é oDiabo, no seu sentido mais burguês do termo.

O filme que sigo resenhando narra esse tipo de relação.

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