De modo geral o cinema sempre foi um empreendimento colonizado no Brasil, que sempre buscou mostrar uma espécie de interior puro versus uma urbanidade perversa.
Ainda não se superou Macunaíma.
E NEM O SUPERARÁ.
Pois como toda a indústria no Brasil atual ela é no fundo amadora, buscando mais validar por um meio ou por outro antigas mazelas, ou então refazer o fórmulas brilhantes de novas formas conservadoras.
As continuações de ESTÔMAGO e do AUTO DA COMPADECIDA, não passam de resgates de um tempo antigo que nunca existiu.
Se acusa TRUMP de perseguir um passado inexistente e ficcional, mas a noção de estado policial que vem se afirmando no Brasil e no Mundo está se mostrando também no cinema.
NÃO ESTAMOS BEM E NOSSA FICÇÃO ESTÁ TENTANDO SE TONAR MAIS ESCAPISTA AINDA.
O prêmio dado a Fernanda Torres é mais um indício disso, na medida em que comemoramos sua vitória, mas não apoiamos seu cinema.