Listen

Description

Impressionante como as pessoas gostam de história. Sim, gostam, mas aquela que ressoa com suas próprias convicções pessoais. Se for uma fofoca, melhor ainda, e caso seja sobre figuras do poder econômico político é ideal.

Mas a fofoca cumpre funções militares. Sim, rir e ridicularizar o inimigo faz parte da guerra. Muita gente escreve sobre isso, inclusive no Brasil, como por exemplo ELIAS THOMÉ SALIBA (?), de como o riso e a ironia são invenções humanas e que cumprem uma série de funções sociais.

No entanto, convém lembrar que esse tipo de produção literária que se propõe a apresentar o ridículo como forma de narração dos feitos de líderes políticos, em particular de Imperadores, já estava no autor de VIDA DOS DOZE CÉSARES (121)de SUETÔNIO (69–141). Esse autor foi um dos melhores historiadores antes da história ser entendida por ciência que o Ocidente teve. Porque nosso secretário compreendeu um pouco antes da morte do mundo antigo de que rir era um forma de diminuir o poder de quem o detém, usando uma técnica fantástica e vigente até hoje:

BASTA APRESENTAR OS PODEROSOS EM SUA INTIMIDADE, QUE ELES PERDEM O SEU CARÁTER DIVINO.

Introdução.

Porque a divindade não defeca, não solta gases, não fala com a boca cheia, não fica gripada, não fede, não é traída, não se assusta (outros tipo de medo ela pode ter), não tem dúvidas, e sempre, sempre, está centrada na política de seu tempo.

AQUI O “ESCOCÊS QUE LIMPA”, SIR RIDLEY SCOTT (1965) MAIS UMA VEZ LIMPA TODA A DIVINDADE DE UM DOS GRANDES ÓDIOS POLÍTICOS DO POVO INGLÊS MAIS NOBRE E REFINADO: ELES TEREM SIDO QUASE DERROTADOS PELOS BURGUESES REVOLUCIONÁRIOS FRANCESES.

Esse filme é sobre isso.

"Interstellar Mixer" by PorchCat 2019 - Licensed under Creative Commons Attribution Noncommercial (3.0)