CAPITA CABOCLA.
As noções de ciência que temos hoje não são tão restritas quanto alguns ministros da educação dão a entender. Elas são em verdade ordenadas por outros saberes, a saber, de religiões dos antigos (que incluí a fase inicial das religiões cristãs) em que o discurso científico se alinhava ao ético. Então as limitações dessas ciências não estavam no plano da intelectualidade ou da limitação lógico-matemática, e sim, de uma contenção consciente, devido ao temor dos impactos de um estilo de pensar que fosse danoso ao modo de vida do povo que seguia aquela religiosidade.
Foi o doutor/santo italiano da Igreja Católica (I) Tomás de Aquino (1227–1274) que realiza a proeza de separar o pensamento científico do ético, com sua discussão entre as ciências teóricas e especulativas, ao descrever que o intelecto tem a propriedade de abstrair formas sem depender necessariamente da matéria.
ASSIM O PRAGMATISMO ÉTICO DA CIÊNCIA É RELATIVIZADO E O COMPORTAMENTO CIENTÍFICO NÃO ESTÁ MAIS PRESO À REALIDADE CONCRETA.
Essa série mostra como os ingleses, notadamente soldados, ao acessarem outras religiões/tecnologias passam a combiná-las criando formas mestiças híbridas de utilizá-las para seus próprios interesses. Sintetizando, usar as essas ciências “arcanas” (“de fora do templo”, ou seja, não cristãs, não-europeias, não-brancas) descoladas de suas éticas, visando lucro próprio, tal qual o proletário “sindicalista profano” John Constantine.
A obra retrata uma luta entre o lorde soldado mago, caboclo (filho de índios e brancos) James Keziah Delaney (Tom Hardy) com a COMPANHIA BRITÂNICA DAS ÍNDIAS ORIENTAIS (1600–1874). Então de saída temos uma série que debate uma luta entre um lorde contra uma Instituição,pelo domínio do comércio de chá chinês.
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