O Santo Guerreiro arturiano contra o Dragão da Maldade Trabalhadora.
O termo “negacionismo” foi muito divulgado nos últimos tempos resumido em “gente ignorante que nega a ciência”, notadamente as biológicas e as exatas. Mas se temos uma versão disso nas humanas seria o pensamento reacionário, que o pessoal das biológicas e das exatas nunca reclamou. Por que? Porque o pessoal das exatas, notadamente depois dos colapsos de seus modelos matemáticos no século XIX para o XX, segundo Eric Hobsbawn (1917–2012) e de sua fé no progresso com a Primeira Guerra Mundial (1914–1918) começaram a se sentir confortáveis em abraçar o modernismo reacionário.
O modernismo reacionário era um movimento, segundo Jeffrey Herf (1947), em que elementos de filosóficos superados pelos dois grandes eventos acima citados eram revalorizados e refeitos com base na tecnologia mais atual disponível naquele momento, e é isso que chamamos cultura reacionária.
Seguindo a lógica desse conceito, o colapso dos modelos de ciência era culpa da “estupidez” das massas no sentido dado por José Ortega y Gasset (1883–1955), e não da capacidade dessas de absorverem e reinterpretarem a ciência da classe dominante dentro de sua própria realidade e criarem a sua própria, que se dividia a grosso modo, na Europa, em dois grandes eixos: o anarquismo e o marxismo.
Mas como era apresentada essa cultura reacionária em larga escala? Pela primeira e a maior arte criada pelo Irmão-Capitalismo, a saber, o cinema.
Então, assistir esse filme, é apenas ver mais uma versão do modernismo reacionário.
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