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Hiperescapismo profundo.

Tem-se pensado novas formas de reformatar o velho capitalismo para que ele continue o velho capitalismo. Acho que seria interessante, nesse sentido, de chama-lo de Pós-Capitalismo, mas acho que é melhor ainda chama-lo mesmo de pós-moderno.

Segundo Zygmunt Bauman (1925–2017) o melhor intelectual da auto ajuda para acadêmicos dos último 30 anos, em verdade o pós-modernismo não passa de hipermodernismo, ou seja, que o projeto de razão dado pelo iluminismo (1685-) estender a razão matemática  a todos os humanos, agora foi “exponenciado”, graças às tecnologias modernas da informação.

MAS APENAS O PROJETO, NÃO SUA MATERIALIDADE.

Assim vivemos em uma curiosa época em que todos os projetos subjetivos individuais são sempre prioritários perante as necessidades do espaço público: todas as crises mundiais são menores perante o fato de que não conseguimos baixar o aplicativo certo em nossos celulares, por exemplo.

O NOSSO VAZIO EXISTENCIAL É PREENCHIDO PELO EXPERIMENTO CONSTANTE DO MATERIALISMO QUE NÃO SE APROFUNDA EM NADA EXATAMENTE.

E, ao não nos aprofundarmos, não sentimos muita coisa, porque o espírito (cultura do espaço público sobre nossa interpretação subjetiva) provém da imanência de esquadrinhar mundo, o  que leva a uma maior interiorização de nós mesmos.

Portanto,  superficialidade não é nada  mais nada menos,  do que não se aprofundar nos motivos que nos coligamos a uma materialidade e não outra.

Aparentar o momento é mais importante do que senti-lo, porque afinal nossas redes sociais devem ser preenchidas e não dá para fazer isso e ter momentos profundos de prazer e dor honestos simultaneamente.

Essa pressa em nos expressar no público, está destruindo nossa interioridade ,ao não conseguirmos nos aprofundar em nada que é coletivo.

Nesta produção temos a constatação de um diabólico, ou confucionista, pastiche pós moderno que se disfarça de blockbuster, para que não percebamos que ele é um filme de arte.

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