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Conservador
cê conserva tanto preconceito,
conversa pelos cotovelos.
Tu vê-los, teus conceitos,
sem revê-los direito,

cês não enxergam direito,

relevaram muito fácil
suas contradições e seus erros.

Que bons costumes são esses
que costumam me dar ânsia?
Desinformação, intolerância
e o louvor à ignorância.

Tenho pavor desse sabor
de água benta envenenada
com ganância, trauma e dor,
fragância de almas torturadas.

Terapias que não foram dadas,
matérias que não foram estudadas,
e uma eterna injustiça na vida
que nunca deu em nada.

Mais fácil abraçar o impossível
e viver escorado no mito
seja da vida, da morte ou do infinito,
ou dessa políticagem de micos.
Dessa nossa reciclagem de lixos.

É o tal super-herói da pátria,
puta merda, pútrida falácia.
Põe podridão nisso, promessas,
perdas propositais, políticos promíscuos.
E o pior e que mais pesa, uma pena,
apenas 500 mil mortes banais.

Um brinde,
aos bons costumes, ao passado glorioso,
ao além, a um Deus misterioso.
Ao nosso presidente, o todo poderoso,
e ao abatedouro,
misericordioso.
.
Poema de Bruno Rosário
Interpretação: Bruno Rosário

Arte Elis e Allan
Apoio Coletivo Cultural Vianinha