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Anabela, você é um ponto! Eu e a minha mãe continuamos a conversar, sem grande organização, a interrompermo-nos mutuamente, com grandes monólogos da minha parte - exatamente como cá em casa. Falámos sobre as vezes em que a minha mãe me bateu e os traumas que temos ambas, sobre reproduzir o comportamento dos adultos, sobre o seu pragmatismo zen, sobre a falta que lhe fazem as rotinas do café e do cigarro mas como se opõe a rotinas no trabalho. Como se a matemática não tivesse complicado a sociologia, a minha mãe apresenta o seu parecer sobre a minha geração, os motivos pelos quais decidiu doar o corpo à ciência e algumas recomendações de quarentena. P.S - A música dos Deolinda de que eu falo chama-se “Concordância” (não é sobre letras e números, mas sobre pronomes e gramática no geral).