Retomamos, nesta segunda parte, com a dificuldade em exteriorizar sentimentos vinda de uma pessoa defensiva e desconfiada que se entregou para fazer os chamados amigos da universidade, que são para a vida toda. Falámos do quarto do povo, da vida clandestina nas residências universitárias, do mestrado em Inglaterra que, feito à distância, tem permitido o melhor dos dois mundos e da vontade de fazer tudo, elevada pela pandemia. A Mariana, do rés do chão do mesmo prédio em Luton, a tia Cristiana, que é um anjo da guarda, e a Dona Esmeralda, que é cúmplice das ilegalidades residenciais, traçam o caminho para as crises de uma vida: o medo da morte e a passagem do tempo. Mas, nem com temas tão duros, ela deixa de ser um ar fresco na vida de toda a gente: trabalha na mudança para ser uma pessoa melhor e continua a inspirar aqueles à sua volta (e a emocionar-se com a valorização que não espera).