Cresceu como pessoa queer em Portugal nos anos 90 e ocupava-se das máquinas analógicas, cassetes e cadernos. Era o miúdo que papava os concursos todos, do desenho no pacote do leite à mascote do metro de Coimbra, mas só porque precisava de ser o melhor a tudo. Queria fazer cartoons, estudou artes gráficas e tornou-se artista por teimosia. Da novela mexicana que foi o primeiro emprego ao workshop com dois inscritos que inaugurou a We Blog You, passando pelos concertos para uma quantidade de amigos mal calculada e pelos serões a tatuar laranjas em frente à televisão, o Fred está a descobrir-se nos 30 e dá-nos o luxo de o descobrir também.