Entrámos a pés juntos com a Mara a partilhar um texto escrito por ela sem estar à espera de o fazer: um monólogo que tentou que fosse o menos pessoal possível e acabou a confessar uma criança de 8 anos, o mar e os relógios lá de casa. Falámos dos traumas da infância, da separação dos pais e da postura de irmã mais velha que acabou por ser mãe. Depois, em contramão, vem sempre a música: dicas para descobrir música nova, viver para cantar uma canção e um ano sem Paredes de Coura. E ainda, o impulso da praxe e a vontade de pertencer, a experiência de dar aulas, o confronto de realidades no Estabelecimento Prisional do Porto, o projeto Aqui. Agora. e eu, a redimir-me.