O Miguel Loureiro não tinha agenda, por isso tive de combinar com o Miguel de Riba. Falámos sobre como a catequese o levou ao teatro, sobre o mestrado em Património Cultural (e não em Comunicação, Arte e Cultura, para que não restem dúvidas), sobre desinfetar as compras do supermercado e criar uma banda de tributo aos Diabo na Cruz. O Miguel começou a interessar-se por música aos doze anos com uma guitarra no colo, longe de imaginar que ia cantar ao vivo numa jam session em Guimarães. Na primária, escrevia duas vezes a mesma sílaba no início das palavras porque era assim que falava. Mas, como Ângelo Rodrigues que também é, não deixou que as adversidades o derrubassem e a gaguez não o impediu de ser uma pessoa de palco.