Antes de mais nada, da mesma maneira que eu e a Raquel falámos logo da COVID para não ofender o elefante na sala, tenho de alertar os ouvidos mais sensíveis (e até os mais impenetráveis) para o barulho das obras, o ruído de fundo e as vozes ligeiramente robotizadas. É também um elefante, mas este leva-vos de boleia para a infância da Raquel, uma vida num colégio com uniforme a menos, o curso da Engenharia com menos conceitos teóricos pesados, o sonho de ser estilista e o espectro beto, com destino à Noruega da responsabilidade social, dos concursos e candidaturas, das pessoas fechadas e do pôr do sol tardio - mas também das boas notícias e dos Natais com lasanha.