Em Lanthenay, França, havia um homem chamado Antonio G. Nasceu em 1790. Ainda muito jovem aprendeu o ofício de carpintaria, no qual era muito habilidoso. Após o serviço militar, foi se estabelecer em Lyon.
Muito piedoso, por volta de 1820 quis entrar no convento. Foi, no entanto, apenas em 1836 que ele conseguiu realizar seu desejo, vestindo o hábito dos trapistas de Augeuebelle; mas, por motivos de saúde, logo teve que deixar o convento e voltar para Lyon, onde viveu até 1871. Começou a manifestar todos os fenômenos típicos da possessão diabólica.
Por ordem do Cardeal Arcebispo de Lyon, ele foi cuidadosamente examinado por vários médicos, que chegaram à conclusão de que ele estava perfeitamente saudável de corpo e mente. Na declaração que deixaram por escrito, declararam, entre outras coisas:
«Ele goza de perfeita saúde do corpo e do espírito, de uma invulgar retidão de julgamento e raciocínio, que nunca sofre a menor alteração; nem mesmo nas crises extraordinárias que nele se repetem inesperada e frequentemente, sob a influência de uma causa desconhecida, não avaliável com os meios de nossa arte, que faz seu corpo agir e falar por sua boca, independentemente de sua vontade... Na nossa primeira entrevista com o Sr. Antonio, o extraordinário que fala pela boca veio à nossa consciência, ele nos fez a história da nossa vida, desde os doze anos e nos deu detalhes que só Deus, nosso confessor e nós mesmos conhecemos. E temos testemunhado que o mesmo se repetiu para outras pessoas, algumas das quais se converteram».
É claro que os médicos não se limitaram simplesmente a um exame inicial. O caso foi examinado, discutido e considerado em todos os aspectos, médicos e teológicos, e eventualmente a comissão médica e os padres encarregados da investigação adquiriram a certeza de que ele estava realmente possuído.
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