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O Advento é típico do Ocidente cristão. Os textos bíblicos, eucológicos (orações) e cantos do missal e da liturgia das horas deste período no rito romano, mas também no rito ambrosiano e moçárabe são inigualáveis. 

A recente reforma enriqueceu-o consideravelmente, redefinindo com mais precisão os seus temas e conteúdos. Por isso, o Advento se apresenta como uma escola de espiritualidade válida não só pelo tempo litúrgico que representa, mas por toda a época da história que decorre entre o Pentecostes e a Parusia.

As leituras bíblicas, tanto da celebração eucarística como do ofício, são organizadas em unidades temáticas de modo a dar um quadro o mais completo e harmonioso possível.

As leituras do Evangelho têm características próprias em cada domingo do Advento: 

referem-se à vinda do Senhor no fim dos tempos (1º domingo), 

a João Batista (2º e 3º domingo), 

e aos antecedentes imediatos do nascimento (4º domingo). 

As leituras do Antigo Testamento são profecias sobre o messias e o tempo messiânico, extraídas principalmente do livro de Isaías. As leituras do Apóstolo contém exortações e anúncios, em harmonia com as características deste tempo.

 Para os dias da féria existe uma dupla série de leituras, em relação aos dois períodos que o Advento inclui. Para o advento escatológico, os oráculos messiânicos do profeta Isaías, autor considerado típico desse período, são lidos com o sistema de leitura semicontínua, ou seja, seguindo a ordem do texto antologicamente; a perícope evangélica, estabelecida em dependência desta, quer mostrar sua realização ou pretende fazer uma ligação com a pregação e obra de João Batista, especialmente a partir da quinta-feira da III semana. Nos dias de 17 a 24 de dezembro, os eventos que precederam o nascimento do Salvador são lidos continuamente nos evangelhos da infância.