Os fiéis, que vivem o espírito do Advento com a liturgia, considerando o amor inefável com que a Virgem Mãe esperou o seu Filho, são convidados a tomá-la como modelo e a preparar-se para sair ao encontro do Salvador que vem,vigilantes na oração, exultante no louvor (cf. Prefácio do Advento II).
«Queremos observar, ainda, que a Liturgia do Advento, conjugando a expectativa messiânica e a outra expectativa da segunda vinda gloriosa de Cristo, com a admirável memória da Mãe, apresenta um equilíbrio cultual muito acertado, que bem pode ser tomado como norma a fim de impedir quaisquer tendências para separar, como algumas vezes sucedeu em certas formas de piedade popular, o culto da Virgem Maria do seu necessário ponto de referência: Cristo. Além disso, faz com que este período, como têm vindo a observar os cultores da Liturgia, deva ser considerado como um tempo particularmente adequado para o culto da Mãe do Senhor: orientação essa, que nós confirmamos e auspiciamos ver aceita e seguida por toda a parte» (Marialis Cultus, 4). Essa veneração a Maria durante o Advento é uma tradição antiga e constante, tanto que também é considerado um tempo mariano.
Enquanto nas várias festas marianas ao longo do ano os mistérios em que a Virgem participou são vistos em etapas sucessivas, no Advento os vários eventos que lhe dizem respeito constituem um tecido contínuo que deve ser visto como um todo: é um fato importante celebração.
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