Em novembro de 1999, Dom Brincard de Puy-en-Velay, encarregado de acompanhar a Associação das Obras Marianas, respondeu às perguntas feitas pelos membros da Conferência Episcopal Francesa. Suas intenções têm a precisão de um mariólogo, atento ao ponto de vista canônico, aos problemas de fé e de discernimento:
l. Existe uma posição autorizada e oficial da Igreja em relação a Medjugorje?
A verdadeira devoção à Virgem Maria não se baseia nas aparições que lhe são atribuídas, nem naquelas que a Igreja reconhece como autênticas, muito menos em revelações privadas. Estas intervenções extraordinárias podem constituir sinais que não devem passar despercebidos quando a Igreja, depois de ter feito os necessários discernimentos, as tiver declarado autênticas.
2. Quem tem autoridade para falar em nome da Igreja?
As normas relativas ao discernimento das revelações privadas, publicadas em 24 de fevereiro de 1978 pela Congregação para a Doutrina da Fé, com a assinatura de seu prefeito, Cardeal Franjo Seper, especificam: é ao Ordinário do Lugar que compete conduzir uma investigação e intervir. De fato, de 1982 a 1986, houve uma investigação conduzida por Dom Pavao Zanic, bispo de Mostar. Recordemos brevemente as etapas deste inquérito:
Em 11 de janeiro de 1982, foi constituída uma comissão de inquérito composta por quatro membros (dois padres franciscanos e dois seculares).
Em janeiro de 1984, esta comissão foi ampliada com a nomeação de outros doze clérigos, escolhidos entre os especialistas em assuntos teológicos das diferentes faculdades teológicas da Croácia e da Eslovênia e por alguns médicos.
A Conferência Episcopal da Iugoslávia é informada do trabalho da comissão de inquérito.