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Maria é a rainha do céu e da terra, rainha dos anjos e dos santos

A Igreja canta, em seus ofícios, que foi exaltada acima dos coros dos anjos. A Virgem é mais venerável que os querubins, incomparavelmente mais gloriosa que os serafins.

O título de Rainha do universo e de todas as criaturas, embora nunca tenha sido objeto de definição pelo magistério solene da Igreja, é proclamado pelo magistério ordinário, não só na pregação dos Padres da Igreja, mas também pela liturgia de todas as igrejas do Ocidente e do Oriente.

Recordemos a

Oração da Igreja Siro Maronita

«Ó excelente Filho, novo Adão, em quem estava a vida, fizeste-te homem e como homem morreste para dar a vida de novo através da tua ressurreição. Quiseste que a tua Mãe, a Virgem, fosse a segunda Eva, causa de salvação da humanidade. Tu mesmo, que não recusaste provar a morte por nós, também a fizeste provar à tua pura e imaculada Mãe; mas, tal como aconteceu contigo, o seu corpo não foi corrompido e a fizeste sentar como rainha dos anjos e dos homens».

Oração da Igreja Siro maronita

«A mente se vê impotente para descrever o abismo de tua humildade e a inacessível dignidade a que foste elevada. O anjo veio saudá-la em nome do Altíssimo e, com toda a humildade, respondeste: "Eu sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra". Pelo abismo da tua humildade e pela tua sublime dignidade, as gerações te proclamam bem-aventurada, o Todo-Poderoso te coroou como soberana do céu e da terra e rainha dos anjos e dos homens»

Oração da Igreja Siro oriental

«Diante das tuas maravilhas, ó sempre virgem, as nuvens do céu param em admiração; as estrelas do céu ficam maravilhadas e os anjos de fogo são tomados pelo êxtase. O Salvador do mundo agradou-se de ti: livrou-te da queda de Adão e fez fluir de ti uma torrente de graças, tornando-te rainha dos anjos. Os exércitos celestiais correram em legiões para a terra para oferecer louvores à sua Senhora desde o momento em que ele estava no ventre de sua mãe. Eles se colocaram respeitosamente a seu serviço, oferecendo-lhe devota reverência e cantando os seus louvores com admiração àquele que a escolheu como sua morada divina. Grande é o teu poder, ó Deus criador, tu que geraste uma esplêndida luz da nossa raça escrava e das gerações do Adão expulso».

Evidentemente estas orações baseiam-se na maternidade divina de Maria, mas também na sua maternidade espiritual para com os homens. Maria é rainha porque o seu Filho é rei: a realeza é compartilhada mas não menos real e legítima; e quando se trata de homens, e até mesmo dos anjos, a realeza é adquirida por meio de colaboração efetiva na obra da salvação.